A vulnerabilidade à dengue devido às mudanças climáticas no município de Belo Horizonte foi estimada através de um modelo que combina os parâmetros de exposição climática, sensibilidade socioambiental e capacidade de adaptação. Esses parâmetros foram pré processados e harmonizados de acordo com: à área de estudo, formato dos arquivos de entrada e as escalas de trabalho. Após a harmonização, os dados foram utilizados como entrada para o modelo que processa os indicadores, gerando como saída uma estimativa projetada da distribuição dessa vulnerabilidade.

Foi considerada através de quatro aspectos:

- Sensibilidade (Casos confirmados de dengue, Ocorrência de Aedes Aegypti Ovitrampa, Densidade Populacional, Tipologia de uso e ocupação, População em Vilas (%), População de baixa renda, Lixo jogado em terreno baldio, Domicílio sem abastecimento de água, Domicílio com água de chuva armazenada em cisterna, Indicador de cobertura por coleta de lixo domiciliar, Indicador de cobertura do sistema de esgotamento sanitário, Indicador de abastecimento de água);

- Exposição (Precipitação, Precipitação Intensa, Temperatura – Mínima, Média e Máxima , Umidade Relativa do Ar, Sequência de Dias Secos, Noites Quentes e Ondas de Calor);

- Capacidade de Adaptação (Dados de Rendimento Nominal do IBGE do ano de 2010 - por setor censitário e os dados do Índice de Qualidade de Vida Urbana - IQVU - PBH do ano de 2014);

- Vulnerabilidade (Cruzamento de informações referidas aos impactos potenciais e à capacidade de adaptação de diferentes porções do município de Belo Horizonte à dengue).

Os dados foram calculados por meio do Model Vulnerability Evaluation (MOVE) e, em seguida, georreferenciados e normalizados para torná-los especialmente comparáveis.